Coração Partido - Capítulo 06

Novela escrita por Rafael Sanchez

Baseada na obra do autor Marcos Castelli


Capítulo 06

continuação do capítulo anterior...


Lucas - Você está jogando sujo comigo.

Melissa - Eu só estou jogando de igual pra igual. Até porque eu tenho certeza que você faria a mesma coisa comigo se eu estivesse nessa situação.

Lucas - Você é minha namorada, por que faz isso comigo?

Melissa - Estou fazendo isso pro seu bem, eu só quero que você me ajuda, mas você está demorando demais.

Lucas - Esse seu plano é absurdo, não tem cabimento.

Melissa - Claro que tem, desde aquele menino entrou no meu caminho você mudou comigo.

Lucas - Para de falar merda, eu não mudei com você porcaria nenhuma. Você está ficando louca, louca.

Melissa - Eu não vou discuti com você, eu só quero a sua reposta.

Lucas - Eu aceito a fazer o negócio com o Joaquim.

Melissa - É assim que eu gosto. Agora vá antes que alguém te ver aqui.

Lucas sai da sala de teatro e close em Melissa.

Melissa - Não vejo a hora de humilhar o Joaquim. Essa momento é meu.

CENA 02 - MANSÃO DE CRISTINA - QUARTO/SALA - INTERIOR - DIA

Cristiana pega sua bolsa que está em cima da cama e depois sai do quarto. Ele está descendo a escada para ir pra sala e se assusta ao ver Lucas entrando de pressa em casa.

Cristina - Isso é jeito de se entrar em casa?

Lucas - Só estou apertado para ir ao banheiro.

Cristina - Hum. Essa semana eu viajo para Alemanha e quem vai tomar conta de você é a dona Ofélia.

Começa a tocar a música "Meu Grande Amor"

Lucas dar um sorriso alegre e sai correndo para o seu quarto e se tranca. Ele deita na cama e começa a pensar na sua primeira vez com Joaquim.

Lucas - Será que vai ser bom? Como vou fazer isso? Mano, isso vai ser louco.

Anoitece...

CENA 03 - CASA DE OLGA E JÚLIO - SALA - INTERIOR - NOITE

Lia e Olga estão sentadas no sofá conversando, de repente Melissa chega em casa.

Melissa - O que você está fazendo aqui, Lia?

Lia - Se você se esqueceu, essa casa também é minha querida.

Melissa - Não sei pra quê você voltou, não fez falta nenhuma, eu até esqueci que tinha irmã.

Lia - Também te amo querida.

Olga - Parem vocês dois, parecem duas crianças. Senhorita, aonde que você estava até uma hora dessas?

Melissa - Eu estava na casa da Priscila, você sabe que ultimamente a gente tem ficado muito amigas.

Lia - Para de ser sonsa menina, desde quando você é amiga de alguém?

Melissa - Me estressa não, eu já estou sem paciência e você ainda volta pra piorar as coisas.

Olga - Vocês duas são chatinha em, já vir que nessa casa não vai ter mais sossego.

Melissa - Eu vou para o quarto, e não desço para o jantar.

Olga - Seu pai gosta de todo mundo na mesa na hora do jantar.

Melissa - Fala pra ele que estou com muita enxaqueca.

Melissa sobe para o seu quarto.

Lia - Fica mimando ela é nisso que dá.

Olga - Me deixa. Me deixa.

CENA 04 - CASA DE OFÉLIA E JAIR - MESA DO JANTAR - INTERIOR - NOITE

Ofélia e Jair estão jantando e observando Joaquim, que está com a cabeça baixa e triste. Ofélia balança a cabeça para que Jair puxa assunto com seu neto.

Jair - Como foi seu dia, Joaquim?

Joaquim - Foi péssimo, se eu pudesse excluir esse dia da minha vida, eu excluía com toda a certeza do mundo.

Jair - Mas o que aconteceu tão de ruim?

Joaquim - Hoje teve uma briga na quadra esportiva da escola.

Ofélia - Meu Deus do céu. Mas foi com você?

Joaquim - Não. Foi entre o Lucas e o Nicolas. O Lucas empurrou o Nicolas e ele bateu com a cabeça no chão, eu não sei o que aconteceu com ele.

Jair - Brigas em escola é normal, mas não tão agressivo assim.

Ofélia - Eu conheço o Lucas desde quando ele estava na barriga da mãe dele. Eu fui a parteira da família dele durante e anos, e até hoje ela só confia em mim para tomar conta dele quando ela viaja.

Joaquim - A senhora conhece a família do Joaquim?

Ofélia - Conheço e muito. Aquele menino sempre foi mimado pela mãe, que hoje se arrepende disso.

Joaquim - A senhora tem o número da mansão de lá? É que eu vou fazer um trabalho com ele e como amanhã é sábado né.

Ofélia - Eu tenho sim. Mas só vou te passar quando você comer tudinho.

Joaquim - Purê de batata é minha comida preferida. (Risos).

CENA 05 - PRAÇA DE VILA-VERDE - CALÇADA - EXTERIOR - NOITE

Bruna está sentada na calçada com a cabeça baixa e chorando. Tadeu que está passando de moto pela praça ver Bruna sentada na beirada da calçada, ele acelera a moto e se aproxima dela. Bruna levanta a cabeça e sorri.

Bruna - Tadeu?

Tadeu - Por que está aí triste?

Bruna - Você realmente quer saber? Você simplesmente não fala mais comigo e nem olha na minha cara depois daquela noite.

Tadeu - Fala baixo, não vamos falar disso aqui agora. Vamos até a minha casa.

Bruna - Não, eu não quero ir lá nunca mais na minha vida.

Tadeu - Então aonde que você quer ir?

Bruna - Na outra praça, lá ninguém nos conhece.

Tadeu - Ok. Sobe na minha moto.

Bruna - Você está louco? Quer que eu fique mal falada? Eu vou pegar um táxi e nos encontramos lá.

Tadeu - Tá bom.

Tadeu vai embora com sua moto e Bruna acena para o táxi que está passando, ele para e ela entra no carro.

CENA 06 - CIDADE - HOSPITAL FLUMINENSE - QUARTO - INTERIOR - NOITE

Fagner e Ivana os pais de Nicolas estão no quarto observando seu filho. Ivana começa a chorar e Fagner tenta acalma-lá

Fagner - Vai ficar tudo bem, daqui a pouco ele reage, você ver!

Ivana (chorando) - Por que foi acontecer isso logo com o nosso filho? Por que?

Fagner - A escola disse que ele caiu, só isso.

Ivana - Não foi só isso não, tem alguma coisa estranha nessa história e eu vou descobrir. Eles estão mentindo para gente.

Fagner - Vamos até a área da alimentação, você precisa comer alguma coisa.

Ivana - Eu não quero comer, eu só quero o meu filho de volta. Meu Nicolas.

Fagner - Não se emociona, mesmo estando em coma, ele pode nos escutar.

Ivana - Eu só quero que ele reaja, eu quero o meu filho de volta.

Ivana volta a chorar e Fagner abraça ela.

CENA 07 - CIDADE PRINCIPAL - PRAÇA - EXTERIOR - NOITE

Bruna chega na cidade de táxi, ela manda o motorista parar e manda ele esperar por ela. Bruna desce do táxi, ela ver Tadeu sentado em um barzinho e ela vai andando até ele. Chegando lá ela senta na cadeira de frente para ele.

Bruna - Por que está fumando cigarro? Você ainda é menor de idade, se alguém da polícia ver sua família pode ser presa.

Tadeu - Você não veio aqui pra me dar sermão né? Fala logo o que você quer e vaza.

Bruna - Por que depois daquela noite não falou mais comigo?

Tadeu - Você realmente quer saber?

Bruna - Quero!

Tadeu - Eu faço isso com todas.

Bruna - Como assim?

Tadeu - Todas as garotas que eu levo pra cama, eu não falo e nem olho na cara. Eu já consegui o que eu quero, o que mais vou fazer com a pessoa? Se eu usei ela como eu queria.

Bruna - Você é horrível, como eu pude me entregar pra alguém tão horrível feito você? Você não tem sentimento, compaixão pelas pessoas?

Tadeu - O sentimento é para os fracos. E você fala que eu sou horrível mas bem que você quer provar o paizão aqui né?

Bruna joga a bebida que está no copo de Tadeu na cara dele.

No fundo começa a tocar a música "Meu Grande Amor"

Bruna - Eu te odeio, maldita hora que eu acreditei mas suas falsas promessas. Eu era muito apaixonada por você, mas você acabou com os sentimentos que eu tinha, você acabou com a minha vida. Eu te amei até ontem, mas agora eu te odeio, te odeio no fundo do meu coração e eu te desejo tudo de ruim na sua vida, que daqui nos próximos anos que você fracassa em tudo, seu merda.

Bruna levanta da cadeira e vai correndo para dentro do táxi. Ela começa a chorar desesperadamente.

Bruna - Eu me odeeeeeeiiiooooo.

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