Coração Partido - Capítulo 01

Novela escrita por Rafael Sanchez

Baseada na obra do autor Marcos Castelli


Capítulo 01

MINAS GERAIS - 2000

CENA 01 - FAZENDA DOS MATARAZZO - QUARTO DE FERNANDA - INTERIOR - NOITE

Joaquim está dormindo em sua cama quando ele começa a sonhar.

Inicio do sonho...

Joaquim está correndo em um lugar cheios de flores pelo chão. Uma pessoa vem por trás dele e lhe dar um abraço.

Joaquim - Não acredito que você me pegou.

Pessoa - Eu não disse que te pegaria? Agora eu não vou te soltar, agora você é só meu e de mais ninguém.

Joaquim sorri alegre e os dois se beijam...

Pessoa - Eu nunca vou te esquecer, nem quando eu morrer, você sempre vai está em meu coração. (Eco)

Joaquim - Eu também...

Fim do sonho...

Estela - Joaquim. Joaquim, acorda, a gente vai se atrasar para o colégio.

Joaquim acorda ainda sonolento.

Joaquim - Eu não acredito que você me acordou bem na hora que eu ia consegui ver o rosto do menino.

Estela (sem entender) - Você está ficando louco? De quem você está falando?

Joaquim - Senta aqui na cama.

Estela senta na cama.

Joaquim - Eu estava sonhando com um menino e ele dizia que me amava e nos dois se beijamos. Foi tão lindo amiga.

Estela - Você realmente está ficando louco, como que você sonha com uma pessoa que não existe? Você viu o rosto?

Joaquim - Aí que está o problema, eu não consegui ver de jeito nenhum. Isso é muito estranho, eu tentava ver o rosto, mas quando eu tentava ficava tudo embaçado.

Estela - Se você não viu é porque não era pra ver. Deus sabe o que faz. Pensou você ver o rosto da pessoa e de repente você está na rua e ver a pessoa com quem você sonhou? Aí você iria falar, ei fulano, eu bem sonhei com você e a gente estava se beijando. O que ele iria achar? Que você era louco e ele ainda sairia correndo.

Joaquim - Como você é uma estraga prazer em, Estela. Uma péssima irmã que você é.

Estela - Só estou sendo realista meu amigo. Agora vamos se arrumar, se não vamos chegar atrasados.

Joaquim - Mas não interessa o que você fala, eu ainda tenho certeza que eu vou achar esse menino e a gente vamos ser muito felizes.

Estela - Quero está viva pra ver. (Risos)

Joaquim deita novamente na cama e se cobre com a coberta.

Joaquim - Eu ainda vou te achar, menino do meu sonho. 

Ele sorri e beija o seu pingente que está em pescoço.

Anoitece ao som da música "Além do Arco-íris"

Joaquim está escrevendo em seu diário, quando sua mãe entra no quarto.

Odete - Filho?

Joaquim olha para trás e sorri.

Joaquim - Oi mamãe.

Odete - Não vai jantar? Seu pai mandou vim te chamar, é melhor você ir.

Joaquim - Estou sem fome, mãe. Quero ficar bem quietinho no meu canto.

Odete - Você quem sabe. Vou guardar sua comida dentro do micro-ondas, se quiser comer mais tarde é só esquentar.

Joaquim começa a chorar. Odete se aproxima dele e começa a fazer carinho em sua cabeça.

Odete - O que foi meu filho?

Joaquim - Não sei mamãe, de repente senti uma dor, uma agonia dentro do peito. Parece que algo de ruim vai acontecer.

Odete - Escuta aqui. Nada de ruim vai acontecer, só vai acontecer coisas boas. Deus está no controle de tudo.

Joaquim - Estou tão agoniado.

Odete - Vamos até a cozinha, vou preparar um chá de erva doce pra você.

Joaquim - Tá bom mãe.

Joaquim se levanta e os dois saem do quarto.

SALA...

Joaquim senta no sofá ao lado de seu pai, que fica lhe observando.

José - Que foi garoto? Que cara é essa?

Joaquim - Eu não estou me sentindo bem.

José - Filho meu não se sente mau, filho meu é cabra macho.

Estela - Mas ele também é gente pai.

José (bravo) - Não se mete, Estela. O filho é meu e eu faço e falo o que eu quiser.

Odete vai para sala com uma xícara de chá na mão. Quando ele vai entregar a xícara para Joaquim, José dá um tapa na mão de Odete e a xícara cai no chão.

Odete - O que significa isso, José? Seu filho não está bem e você faz isso?

José (bravo) - Ele é homem, cabra macho. Vai se curar sozinho. Isso é culpa sua que fica mimando ele como se ele fosse uma menina.

Odete - Eu fico mimando? Eu trato ele normal, como todas as mães fazem. Diferente de você, que não dar amor e carinho para o seu filho.

Joaquim - É melhor deixar pra lá mamãe, daqui a pouco eu fico melhor, a senhora vai ver.

Estela - Vamos pro quarto, Joaquim.

José - É melhor mesmo.

Estela e Joaquim se levanta do sofá e vão para o quarto. Na sala fica somente José e Odete. José se levanta e dá um tapa na cara de Odete.

José (bravo) - Isso é pra você nunca mais alterar a voz pra mim, porque quem manda nessa merda aqui sou eu.

Odete (com medo) - Você é um covarde, você só vai pra cima de gente fraca. Pessoa forte, de peito mesmo você não encara.

José da outro tapa na cara de Odete.

José (bravo) - Fala isso mais uma vez pra ver se eu não te dou uma surra

José pega o seu chicote e sai andando para a cozinha.

Odete (chorando) - Eu não estou mais aguentando isso.

1 hora depois...

Escuta-se barulho de pesadas de cavalos. José acorda assustado e acorda Odete.

José - Mulher, acorda.

Odete - O que foi?

José - Está escutando? Parece que tem alguém vindo com cavalos e vem na direção daqui de casa.

Odete - Será que é o justiceiro?

José - Só pode ser esse maldito. Mas eu falei pra ele que pagaria a dívida assim que amanhecer, mas ainda está escuro.

Odete - Eu tô ficando com medo, José. Com certeza ele não esperou e veio nos fazer mau.

José abre a gaveta de sua cômoda e pega uma arma.

Odete - O que você vai fazer?

José - Foge com as crianças pela porta de trás e vão para casa da dona Joana e aguarde amanhecer e vão para casa da sua vó Ofélia.

Odete - Mas José...

José - Faça o que estou mandando antes que seja tarde.

Odete se levanta da cama e vai correndo para o quarto de seus filhos. Ela entra no quarto e acende a luz.

Odete - Crianças, acorda. Precisamos sair daqui o mais rápido possível.

Joaquim - O que está acontecendo mamãe?

Odete - Não faça perguntas, só levantam e vem junto comigo.

Estela - Pra onde?

Odete - Vamos crianças, venham comigo antes que seja tarde demais.

Estela e Joaquim levantam da cama e acompanham a sua mãe.

Na porta da frente...

Os justiceiros chegam a cavalo na fazenda e começam a gritar.

Justiceiro 01 - Acorda seu covarde, bota a cara. Estou doido pra fuzilar você e a sua família inteira.

Justiceiro 02 - E essa sua filha, gostosinha, não vejo a hora de dormir ao lado dela.

Justiceiro 01 - Você não pagou a sua dívida que tinha comigo, agora vai pagar com a vida pra parar de ser otário. Bota a cara.

José abre a porta da casa e os justiceiros apontam a arma para ele. José levanta a mão para cima e os justiceiros começam a ri.

Justiceiro 02 - Está sem arma? Que bom, fica melhor pra te matar.

Justiceiro 01 - Vamos acabar logo com isso? Cadê o resto.

José - Do que você está falando?

Justiceiro 01 - Estou falando da sua família. Sua esposa e seus filhos, ou você acha que só você pagaria com a vida.

José - Não faça nenhum mal pra eles, eles são inocentes, se quiser podem me mandar, mas deixam ele em paz.

Justiceiro 02 - Quando você foi pedi dinheiro pra nós você disse que pagaria com a sua vida e da sua família, agora vai ter que cumpri.

José - Mas ainda não amanheceu, eu vou pagar a dívida pra vocês, mas deixa eu ir até ao banco.

Justiceiro 02 - Deixa eu pensar no seu caso. Minha resposta é não. Agora se ajoelha e reza, reza muito pela sua alma.

Os justiceiros destrava a arma e começam a atirar em José, que morre na mesma hora.

Justiceiro 01 - Vamos procurar a família, com certeza eles fugiram por trás.

Justiceiro 02 - Vamos.

Os justiceiros vão atrás de Estela, Joaquim e Odete que estão correndo pela mata da fazenda. Eles estão correndo em direção a cachoeira, quando um dos justiceiros avista eles correndo começa a atirar. Estela cai no chão e Joaquim lhe ajuda a levantar.

Odete - Meus filhos, esperam um pouco. Esse aqui é o endereço da casa da minha vó, vocês vão para esse endereço, fica em São Paulo, as passagem já estão compradas é só vocês falarem o nome de vocês e entram no primeiro trem que ver.

Joaquim - Por que está falando isso mãe? Vem com a gente.

Odete - Se eu for eles vão matar nos matar, e eu não posso deixar isso acontecer com vocês. Vocês são a única coisa que eu tenho nessa vida. Saiba que eu amo vocês dois, que de onde eu estiver eu estarei cuidando de vocês.

Joaquim e Estela começam a chorar. 

Joaquim (chorando) - Não faça isso mãe.

Odete abraça seus filhos.

Odete - Eu amo vocês.

Diz ele com os olhos cheios de lágrimas.

Joaquim - Mãe.

Odete - Vão logo.

Estela e Joaquim saem correndo em direção a cachoeira.. o justiceiro acha Odete e dá 2 tiros em seu coração.

Justiceiro 02 - Agora só falta dois.

Estela e Joaquim continuam correndo, Estela para de correr e Joaquim continua correndo.

Joaquim - Vamos, Estela.

Estela - Eu não aguento mais correr, meus pés estão doendo.

Joaquim para de correr e olha para o lado e ver o justiceiro vindo em sua direção. Ele pega Estela pelo o braço e Estela se levanta.

Joaquim - Não podemos mais parar, é a nossa vida que está em jogo. Vamos pular naquela cachoeira, a gente vai sair perto da estação de trem.

Estela - Eu estou com medo. Eu não sei nadar.

Joaquim - Ai não. Vamos nessa direção aqui.

Joaquim começa a correr pela beirada da cachoeira, quando ele passa pelo o lodo e escorrega batendo a cabeça na pedra e caindo dentro da cachoeira.

Estela (gritando) - Joaquim.

Um dos justiceiros aparece atrás de Estela.

Justiceiro 01 - Oi amada.

Estela olha para trás e começa a gritar.

Estela (gritando) - Socorro. Alguém me ajuda.

O justiceiro desce do cavalo e pega Estela pelo braço e tampa a sua boca.

Justiceiro 01 - Agora você vai ser minha e do meu irmão. (Risada maléfica).

Close nos olhos de Estela que transmite o medo e o pavor. (CORTA)

CENA 02 - FAZENDA DA DONA DINÁ - CACHOEIRA - EXTERIOR - DIA

Antenor, filho de dona Diná está tomando banho na cachoeira quando ver um corpo sendo levado pela cachoeira. Ele se assusta e vai nadando até o corpo.

Antenor - É uma criança.

Antenor pega o corpo e tira de dentro da cachoeira. Ele bota seu dedo no pulso de Joaquim para senti os batimentos.

Antenor - Está vivo.

Antenor faz respiração boca a boca e Joaquim bota toda a água pra fora.

Joaquim - O que está acontecendo? Onde eu estou?

Antenor - Não fala nada. Eu vou te levar para minha mãe cuidar de você.

Joaquim desmaia nos braços de Antenor, que pega ele no colo e leva para casa de sua mãe.

CASA DA DONA DINÁ - INTERIOR

Antenor chega em casa com o corpo de Joaquim no colo e bota em cima de sua cama.

Antenor - Fica calmo, vai ficar tudo bem.

Antenor grita por sua mãe e ela entra no quarto.

Diná - Que foi menino? Meu Deus. O que o Joaquim está fazendo aqui?

Antenor - Sabia que estava conhecendo ele de algum lugar. Eu encontrei ele desmaiado na cachoeira e acho que ele bateu com a cabeça em algum lugar.

Diná - Esquenta uma água quente e me traga toalha, roupas, casaco e álcool. Vou tentar ver se consigo costurar a ferida da cabeça dele.

Antenor - Tá bom.

Antenor sai do quarto...

Diná - O que aconteceu, Joaquim? Tomara que não tenha acontecido nada de ruim.

CENA 003 - RUAS DE VILA-VERDE - EXTERIOR - DIA

SÃO PAULO - 2000

Melissa sai de sua casa e vai andando em direção a praça principal de Vila-Verde. Ela está vestida de uniforme e esperando sua amiga. Ela está impaciente parada na praça.

Melissa - Essa menina só pode está de brincadeira com a minha cara, ela marcou comigo às oito da manhã e são oito e uma. E ainda por cima depois fala que eu sou nervosinha e impaciente. Quer saber? Vou pro colégio sem ela, não nasci grudada com ninguém.

Melissa vai para escola e sua amiga chega na praça.

Priscila: Uai. Cadê a Melissa? Com certeza deve ter ficado nervosinha e foi pra escola. 

CENA 04 - MANSÃO DE OLGA - QUARTO DE LUCAS - INTERIOR - DIA

Lucas está deitado na cama com o fone de ouvido escutando música. Sua mãe entra no quarto e joga um balde de água em sua cama. Lucas se assusta e se levanta da cama.

Lucas - Por que fez isso, mãe?

Cristina - Você está atrasado pra ir para o primeiro dia de aula.

Lucas - A senhora sabe muito bem que eu odeio ir pra escola no primeiro dia de aula.

Cristina - Você não tem que gostar de nada garoto. Eu não pago mensalidade atoa não, e trata de ir tomar banho e se arrumar.

Lucas - Aff.

Cristina sai do quarto de Lucas.

Lucas (com raiva) - Não sou obrigado a nada. Agora tenho que ir pra escola porque ela mandou ir, ela não manda em mim.

CENA 05 - FAZENDA DA DONA DINÁ - QUARTO DE ANTENOR - INTERIOR - DIA

Joaquim está deitado na cama, ele abre o olho e começa a se lembrar do que aconteceu.

Joaquim - Mãe? Mãe, cadê você?

Antenor - Mãe. Acho que ele acordou.

Diná se aproxima de Joaquim com uma xícara de leite na mão.

Joaquim - Aonde estou?

Diná - Você está na casa da sua madrinha, Joaquim.

Joaquim - Madrinha Diná?

Diná - Pelo menos não perdeu a memória.

Joaquim - Minha mãe.

Diná - O que aconteceu com a sua mãe?

Joaquim começa a chorar.

Joaquim - Os justiceiros matou ela.

Diná (surpreendida) - Meu Deus. Sabia que não era coisa boa.

Joaquim - A gente estava fugindo dos justiceiros, quando eu escorreguei e bati com a cabeça na pedra e... Cadê a minha irmã? Ela estava junto comigo.

Antenor - Quando estava na cachoeira só estava você.

Joaquim - Não acredito que aqueles malditos pegaram a minha irmã.

Diná - Eu vou te ajudar a encontrar ela.

Joaquim - Eu não posso mais ficar aqui, se não eles vão me matar. E eu preciso está vivo pra se vingar deles.

Antenor - Fala isso não, você está muito novo pra pensar em vingança.

Joaquim - Eles mataram a minha família inteira, e por pouco não me matam. Eles não esperaram o meu pai ir no banco para retirar o dinheiro da dívida, eles foram covardes com ele e eu vou me vingar.

Diná - Não fala assim meu amor, vai ficar tudo bem. 

Joaquim - Antes de ir embora eu preciso achar o corpo da minha mãe, ela não merece ser deixada largada pela mata.

Diná - A gente vai junto com você.

Joaquim - Muito obrigado madrinha.

Antenor - Pode contar com a gente pra tudo.

Joaquim sorri para Antenor...

CENA 06 - ESCOLA DOM PEDRO II - PÁTIO - EXTERIOR - DIA

Melissa está sentada em um banco, quando Leone vem por trás dela e lhe dar um abraço.

Leone - Bom dia coisa ruim.

Melissa - Me solta garoto.

Leone solta Melissa e senta ao seu lado.

Leone - Que cara é essa? O seu amado ainda não deu as caras?

Melissa - Ele nunca comparece ao primeiro dia de aula, esqueceu?

Leone - Fica triste não, eu estou aqui, eu posso substituir ele.

Melissa - Nunca que eu vou trair o meu namorado, eu amo o Lucas e você sabe muito bem disso.

Leone - Mas ele não precisa ficar sabendo.

Melissa - Chega, para de falar isso, você deveria ter vergonha de está dando em cima da namorada do seu melhor amigo.

Leone - Quem te ver falando isso até pensa que é santa, mas é uma falsa e não é mais pura.

Melissa - Você nunca mais repete isso em voz alta, escutou? Ou eu acabo com a sua vida.

Leone - Eu não tenho medo de você, Melissa. Se você fazer algo contra mim, eu te detono.

O carro de Cristina para de frente ao portão da escola. Lucas sai do carro e Melissa avista ele do pátio.

Melissa - Olha só quem chegou, o meu namorado.

Melissa pega sua mochila e vai até Lucas.

Leone - Cobra. É isso que ela é.

Close em Lucas e Melissa.

Melissa - Bom dia meu amor.

Lucas - O que você, Melissa?

Melissa - Nossa, que mal humor. Eu só queria um beijinho.

Lucas - Você sabe que não é permito beijos entre alunos.

Melissa - Ninguém vai ver.

Lucas - Vamos ali atrás do muro.

Lucas e Melissa vão para trás do muro. Chegando lá os dois começam a se beijar.

CENA 07 - FAZENDA DOS MATARAZZO - MATA - EXTERIOR - DIA

Joaquim chega no local onde sua mãe está morta. Ele ver o corpo jogado no chão, se ajoelha e começa a chorar.

Joaquim (chorando) - Por que Deus? Por que essa crueldade com a minha mãe? O que eu fiz pra merecer tanta tristeza em um dia só? No que eu errei? Me fala.

Antenor se aproxima de Joaquim e tenta consolar.

Antenor - Você não fez nada, se Deus quis assim nós temos que aceitar.

Joaquim - Isso não é coisa de Deus, é coisa dos justiceiros malditos que acabaram com a vida de toda a minha família. Mas eu juro, ei juro por essas terras que eu vou me vingar dos justiceiros, nem que eu ache eles no inferno.

Diná - Vamos logo fazer tudo que tem que fazer antes que os justiceiros voltam e vejam que você está vivo.

Joaquim - Eu enterrar a minha mãe nas terras que eram dela por direito.

Antenor - Eu te ajudo.

Após enterrar a sua mãe, Antenor e Diná levam Joaquim até a estação do trem.

Joaquim - Muito obrigado madrinha, por tudo que você e o Antenor fizeram por mim. Eu nunca vou esquecer disso.

Diná - Não precisa agradecer, eu sou sua madrinha, faria de tudo para te ver bem.

Diná abraça Joaquim. Antenor entrega um envelope branco para Joaquim.

Joaquim - O que é isso?

Antenor - É o dinheiro da minha mesada, é pra você comer alguma coisa no trem.

Joaquim - Não precisa.

Antenor - É claro que precisa, eu faço questão. É de coração.

Joaquim - Muito gentil de sua parte.

Diná - Vá logo antes que o trem se vá.

Joaquim - Um dia eu volto madrinha, volto pra te levar junto comigo.

Diná - Se eu estiver viva até lá.

Joaquim - É claro que a senhora vai está, tenho certeza disso.

Joaquim abraça Diná e lhe dar um beijo em seu rosto.

Joaquim - Tenho que ir.

Diná - Vai com Deus.

Joaquim vai andando até a porta do trem, Antenor vai correndo até Joaquim e lhe segura pelo o braço.

Joaquim - O que foi?

Antenor - Quando você voltar ver se não esquece de mim não.

Joaquim - Eu nunca vou me esquecer de você. Você salvou a minha vida e serei sempre grato a você.

Joaquim dar uma bitoca na boca de Antenor e entra no trem. Ele senta no banco perto da janela. Triste, ele boca na janela e acena para Antenor e sua madrinha.

Com as paisagem de São Paulo, entardece com a música "Além do Arco-íris" de Luiza Posse

CENA 08 - ESTAÇÃO DE TREM DE SÃO PAULO - EXTERIOR - DIA

Joaquim sai do trem e fica olhando ao redor da estação.

Joaquim - Finalmente cheguei no meu destino. Agora só preciso chegar em Vila-Verde.

Joaquim sai andando da estação e ver um táxi passando e acena. O táxi para e ele entra no carro.

Joaquim - Por favor, me deixa na cidade de Vila-Verde.

Taxista - É pra já.

CENA 09 - PRAÇA DE VILA-VERDE - EXTERIOR - DIA

Lucas e Melissa estão sentados no banco da praça tomando sorvetes.

Lucas - Desculpe se hoje eu fui um pouco grosso com você, é que hoje não estava em um dia bom.

Melissa - Não tem problema meu amor, eu te amo do mesmo jeito. Você é o amor da minha vida.

Lucas - Nossa formatura é esse ano, vamos terminar mais uma jornada juntos e felizes.

Melissa - A gente vamos ser feliz por muitos anos, porque foi Deus quem quis assim.

Lucas - Deus não existe.

Melissa - Existe e você sabe muito bem disso.

Lucas - Se Deus existisse ele não levaria o meu pai.

Melissa - Fica assim não meu lindo.

Melissa beija Lucas. Close no táxi que chega na praça de Vila-Verde, o carro para e Joaquim sai de dentro do táxi.

Joaquim - Como que eu vou achar a casa da minha bisa?

Um carro em alta velocidade entra na cidade de Vila-Verde. O carro vem em direção a Joaquim que não ver o carro. Lucas que está no outro lado da rua ver o carro em alta velocidade e se assusta.

Lucas - O que é isso? Que carro louco, espera um pouco, esse carro é do irmão do Leone. E ele está indo em direção aquele menino que está parado no meio da rua.

Lucas se levanta do banco, taca o sorvete no chão e vai correndo pro meio da rua. Ele corre mais rápido e empurrar Joaquim no chão. Os dois caem no chão da calçada.

Melissa (desesperada) - Lucas.

Jogados no chão, Lucas está por cima de Joaquim e sorri pra ele.

Lucas - Você está bem?

Joaquim - Estou sim. Graças a você.

Lucas sai de cima de Joaquim e se levanta.

Lucas - Quer ajuda?

Joaquim - Sim.

Lucas levanta Joaquim do chão. Para chamar atenção, Melissa começa a gritar pela praça.

Melissa (gritando) - Meu namorado é um herói, ele salvou a vida de uma pessoa. Ele é um herói.

Todos que está ao redor da praça começa a aplaudir e Lucas fica todo feliz e sorri para Joaquim. E close no rosto de felicidade de Joaquim e congela.

Um comentário:

  1. Eu adorei o Joaquim, até agora aparanta ser um personagem bem carismático. Pena que o pai dele é totalmente o contrário, ainda bem que já se foi haha Parabéns pelo capítulo, Rafael! Gostei de verdade!

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