Coração Partido - Capítulo 03

Novela escrita por Rafael Sanchez

Baseada na obra do autor Marcos Castelli


Capítulo 03

CENA 01 - ESCOLA DOM PEDRO II - CORREDOR - INTERIOR - DIA

Melissa - Maldito. Desgraçado. Ele nunca vai ficar com o meu namorado, o Lucas é só meu. Esse viadinho vai se arrepender de ter entrado no meu caminho, ele vai pagar por cada moeda ou com a própria vida.

Priscila - E você já sabe o que vai fazer?

Melissa - Já tenho tudo em mente. Só falta botar em plano, vamos pra sala e lá falamos melhor sobre isso.

Priscila - É assim que eu gosto.

CENA 02 - CASA DE OLGA E JÚLIO - SALA - INTERIOR - DIA

Olga - Que bom que veio fazer uma visita, amiga. Já estava com saudades.

Cristina - É que eu fico Júlio tarefada com a empresa que era de meu falecido marido.

Olga - Eu te entendo, te entendo perfeitamente. Eu também fico muito tarefada aqui cuidando das meninas. Menina, tenho tanta coisa pra te contar e do seu interesse.

Cristina - Pois conte.

Olga cruza as pernas e com a xícara em sua mão, ela começa a mexer no café com a colherzinha.

Olga - A filha da vizinha foi pega dançando em uma boate com as pernas de fora.

Cristina - Faça mil favor, Olga. Desde quando isso é do meu interesse?

Olga - Claro que é. Ela é filha do seu operário da fábrica, o Leopoldo.

Cristina - Do Leopoldo? Um dos meus melhores operários da fábrica, o mais empenhado.

Olga - Esse mesmo menina. Você vai ter que demiti ele imediatamente.

Cristina - E é isso mesmo que eu vou fazer agora.

Cristina se levanta do sofá e bota a xícara na mesa.

Cristina - Muito obrigada pelo o chá, estava delicioso como sempre.

Olga - Que bom que gostou minha amiga. Volte sempre que quiser.

Cristina - Volto e em breve.

Cristina pega sua bolsa. Olga se levanta do sofá e abre a porta para Cristina.

Olga - Tchauzinho.

Cristina vai embora e Olga volta para dentro.

Olga - É hoje que o Leopoldo vai ser mansão embora.

Ela sorri com satisfação e senta novamente no sofá.

Olga - Como é difícil ser a primeira dama dessa cidade.

CENA 03 - ESCOLA DOM PEDRO II - SALA DE AULA - INTERIOR - DIA

Professora - Então classe, hoje o primeiro trabalho de matemática será em dupla e para fazer em casa. Mas tem que me entregar até essa semana.

Lucas - Droga! Eu sou péssimo em matemática.

Bruna - Vamos fazer juntos, Joaquim?

Joaquim - Claro.

Leone dar um sopro no ouvido de Lucas e senta ao seu lado.

Lucas - Quantas vezes já falei pra você parar de fazer isso?

Leone - Tá nervosinho?

Lucas - Claro. O que você quer? Que eu fique feliz com esse trabalho de matemática?

Leone - Até que eu poderia fazer com você, mas vou fazer com a Lívia, a menina mais fácil da classe. (Risos)

Lucas - Me ajuda aí cara, você é bom nessa matéria.

Leone - Por que não faz com o novato? Ele parece ser bem inteligente. Agora tenho que ir.

Leone se retira da sala. Joaquim se levanta junto com Bruna da sala, na hora que ele está saindo Lucas segura em seu braço. Joaquim e Lucas se olham fixamente.

Bruna - Pelo o visto estou sobrando né. Estou te esperando perto do refeitório amigo.

Bruna pega sua mochila e sai da sala de aula.

Lucas - Será que você poderia me ajudar?

Joaquim - Eu te ajudaria se você largasse o meu braço.

Lucas - Desculpa.

Lucas solta o braço de Joaquim.

Joaquim - No que posso te ajudar?

Lucas - É que eu não sou muito bom em matemática e nesse primeiro bimestre preciso impressionar a minha mãe com uma boa nota.

Joaquim - E por que não faz o trabalho com alguém da classe?

Lucas - É que eu tenho fama de ser um pouco antipático. Então as pessoas não gosta de fazer nada comigo.

Joaquim - Entendi. Eu vou te ajudar, só porque você salvou a minha vida ontem.

Lucas - Muito obrigado cara.

Lucas dar um beijo na bochecha de Lucas.

Lucas - Perdão se...

Joaquim - Com licença. Tenho que ir.

Joaquim sai correndo da sala de aula. Lucas dar um sorriso sem graça e senta na carteira.

Lucas - Não pode ser.

CENA 04 - REFEITÓRIO DA ESCOLA DOM PEDRO II - INTERIOR - DIA

O refeitório está lotada de alunos, quando Joaquim entra correndo e cai com a cara no chão. Todos que estão lá começam a rir. Uma mão se estende para ajudar Joaquim a se levantar. Joaquim olha para a pessoa que lhe estendeu a mão.

Nicolas - Quer ajuda?

Joaquim pega na mão de Nicolas e levanta.

Joaquim - Muito obrigado pela ajuda.

Nicolas - Você é novato, né? Está na sua cara, você parece um pouco assustado.

Joaquim - Um pouco, é que esse escola é muito grande, então fico com medo de se perder.

Nicolas - Eu me chamo, Nicolas.

Joaquim - Joaquim.

Os dois se comprometam... no fundo da cena está Melissa observando Joaquim.

Melissa - Parece que o novato fez mais uma amizade, dessa vez com o nerd da minha classe. É bom mesmo que ele faça bastante amizade, porque ele vai precisar.

CENA 05 - CASA DE OFÉLIA E JAIR - QUARTO DO CASAL - INTERIOR - DIA

Jair está sentado na cama fazendo o jogo da cruzada, quando Ofélia entra no quarto agoniada.

Ofélia - Jair. Jair. Olha só o que deixaram dentro da caixa de cartas.

Ofélia entrega para Jair.

Jair - Isso aqui são os seus exames?

Ofélia - E nela está dizendo que no próximo mês o prefeito junto com o presidente vai tirar a nossa aposentaria.

Jair - Não pode ser, ele só pode está ficando biruto.

Ofélia - Ele não pode fazer isso com gente. Como que vamos nos sustentar? Se foi ele mesmo que proibiu a gente de dá queixa dele por mal tratos no trabalho.

Jair - O que nos resta é protestar junto com os apimentados da cidade.

Ofélia - E é isso que vamos fazer, vamos todos se unir e pedi impeachment desse miserável.

Algumas horas depois...

CENA 06 - PRAÇA DE VILA-VERDE - CORETO - EXTERIOR - DIA

Todos os aposentados da cidade estão na rua de Vila-verde protestando sobre a retirada da aposentadoria.

Ofélia (falando no mega fone) - O direto é nosso, a gente tem todo o direito de ter o dinheiro da nossa aposentaria.

Jair - Viva os nossos direitos.

Todos - Viva!

Ofélia (falando no mega fone) - O prefeito enganou a gente como engana todos os anos com promessas que vai aumentar o dinheiro da aposentadoria dos idosos, e todos esses anos ele não cumpriu com que prometeu.

Melissa e Priscila saem da escola e ver o tumulto na praça.

Melissa - O que significa isso? Só podia ser aquela velha barraqueira. Aposto que está tramando contra o meu pai. Ela me paga.

Priscila - O que você vai fazer.

Melissa - Priscila. Vá até a confeitaria e me compre um belo bolo de chocolate. Bote na conta de meu pai.

Priscila - É pra já.

Melissa vai se aproximando do coreto e tenta subir até o coreto.

Melissa - Saem da frente. Sai daqui coisa velha.

Melissa chega até a dona Ofélia e toma o mega fone de sua mão.

Melissa - Que tumulto é esse que você está formando aqui dona Ofélia? Não tem mais o que fazer além de arrumar tumulto?

Ofélia - Isso aqui é um protesto contra o seu pai, que quer tirar a nossa aposentaria que já é pouco.

Melissa - Que ele tire. Vocês têm que começar a trabalhar, seus velhos atrevidos. Meu pai é um ótimo prefeito, vocês que não sabem valorizar o esforço dele. Ele está fazendo isso para a melhoria.

Ofélia - Melhoria só se for pro bolso dele.

Melissa - Cale a sua boca, Ofélia. Antes...

Ofélia - Antes que o que?

Priscila chega com o bolo e entrega para Melissa.

Melissa - Se não eu pego esse bolo e taco ele bem na sua cara.

Ofélia - Você não é doida de fazer isso.

Melissa - Não sou?

Melissa tira o bolo da caixa e taca na cara de Ofélia.

Ofélia - Não acredito que você fez isso.

Melissa - Eu não disse.

Lucas sai da escola e ver o que Melissa fez.

Lucas - Por que ela foi fazer isso?

Lucas vai correndo até a praça. Close em Bruna, Joaquim e Nicolas que saem de dentro da escola e se depara com a confusão.

Nicolas - Espera um pouco. Aquela lá com o bolo na cara não é a...

Joaquim - Minha bisa.

Joaquim sai correndo para a praça e Bruna, Nicolas vão atrás. Chegando lá, Joaquim e Lucas entram juntos no coreto.

Joaquim - O que fizeram com você bisa?

Ofélia - Foi essa doida que acertou uma torta na minha cara.

Melissa - E tacaria de novo.

Joaquim - Você não tem esse direito de fazer isso com uma senhora de idade, sua mimada.

Melissa - Mosca morta.

Joaquim pega as migalhas que da torta que caíram no chão e esfrega no rosto de Melissa, que logo fica irritada.

Melissa (gritando) - Aaaaaaaaaaa. Sua mosca morta, você me paga.

Melissa pega pelo o pescoço de Joaquim e os dois começam a se desentender. O prefeito chega de carro na cidade e se depara com o tumulto.

Júlio - Que tumulto é esse? Pare o carro, agora.

Júlio sai do carro e vai andando até o coreto. Ele ver sua filha toda suja de torta e se apavora.

Júlio - Filha. O que é isso?

Júlio pega o mega fone e grita.

Júlio - Chega.

Todos que estão na praça para de gritar e vão saindo um por um.

Júlio - O que está acontecendo aqui? E por que você está toda suja filha?

Melissa - Foi tudo culpa dessa velha e desse mosca.

Júlio - O que você fez em dona Ofélia?

Ofélia - Eu só estava protestando contra o senhor

Júlio - Contra mim? O que eu fiz dessa vez?

Ofélia - Vai tirar a nossa aposentaria, que o senhor mesmo inventou.

Júlio - A senhora escutou isso dá minha boca?

Jair - Ela leu isso na carta.

Júlio - Deixa eu ver isso.

Júlio pega a carta da mão de Jair e começa a ler.

Júlio - Aqui está dizendo que eu vou aumentar a aposentadoria de vocês.

Ofélia - Não minta, porque eu li.

Júlio - Pois a senhora leu errado.

Melissa - Pai. Esse mosca morta estava me agredindo. Você viu né?

Júlio - Eu vir sim minha filha. Quem é você pra agredir a minha querida filha.

Joaquim - Eu não estava agredindo ninguém, foi ela quem começou agredindo a minha bisa.

Júlio - Ah, então você é o bisneto da barraqueira? Você é um menino, deveria ter vergonha de brigar com uma menina de classe feito a minha filha.

Ofélia - Não fala assim com o meu neto, você pode mandar na cidade, mas não pode falar com o neto desse jeito. Vamos embora, Joaquim.

Bruna - Que prefeito mais abusado que já conheço. A sua filha tem quem puxar.

Nicolas - Não fala nada, vamos embora.

Nicolas puxa o braço de Bruna e vão embora.

Melissa - E você nem pra fazer nada em. Você como meu namorado deveria me defender e não ficar rindo da minha cara.

Lucas - O que você queria que eu fizesse?

Júlio - Que vergonha Lucas, que vergonha.

Lucas começa a rir e fica sem entender nada.

Anoitece...

CENA 07 - CASA DE OFÉLIA E JAIR - QUARTO DE JOAQUIM - INTERIOR - DIA

Joaquim está sentado de frente ao espelho penteando seu cabelo e pensando em Lucas.

(Pensamento...)

Joaquim - No que posso te ajudar?

Lucas - É que eu não sou muito bom em matemática e nesse primeiro bimestre preciso impressionar a minha mãe com uma boa nota.

Joaquim - E por que não faz o trabalho com alguém da classe?

Lucas - É que eu tenho fama de ser um pouco antipático. Então as pessoas não gosta de fazer nada comigo.

Joaquim - Entendi. Eu vou te ajudar, só porque você salvou a minha vida ontem.

Lucas - Muito obrigado cara.

Lucas dar um beijo na bochecha de Lucas.

(Fim do pensamento...)

Joaquim - Ele me deu beijo na bochecha, eu adorei. Mas não posso criar expectativas, talvez ele só queira ser o meu amigo. Mas se ele quiser ser meu amigo eu aceitaria na hora.

Joaquim sorri e desliga a luz do quarto...

CENA 08 - PRAÇA DE VILA-VERDE - EXTERIOR - NOITE

Bruna e Nicolas estão andando pela praça e tomando sorvete.

Nicolas - Que pena que o seu amigo não quis vim, eu adorei ele.

Bruna - Depois do que aconteceu ele ficou exausto. Mas por que toda hora você falando dele?

Nicolas - Eu vou ser muito sincero com você. Você sabe que eu gosto de meninos e...

Bruna - E?

Nicolas - E o Joaquim me chamou muito atenção. Ele parece ser do típico romântico, que gosta de palavras bonitas, declarações de amor e um beijo bem apaixonado.

Bruna - Acho que você não tem chances nenhuma.

Nicolas - Eu sei, ele gosta de garotas.

Bruna - Não é isso meu amigo, é pelo o que eu vir, ele está apaixonado pelo o antipático do Lucas.

Ao ouvir o que Bruna disse, Nicolas deixa o sorvete cair no chão e senta no banco.

Nicolas - Então eu não tenho chances?

Bruna - Ai não fica triste meu amigo, quem sabe um dia ele não desapega do Lucas e se apaixona por você? Que é uma pessoa maravilhosa.

Nicolas (triste) - É. Quem sabe.

Bruna - Eu vou ter que ir tá? Vou encontrar o Tadeu, hoje ele vai me pedi em namoro.

Nicolas - Sério que você está com esse cara ainda? Ele só quer se aproveitar de você.

Bruna - Eu já sou dele Nicolas, só dele. Se é que entende. Agora eu vou.

Bruna beija a bochecha de Nicolas e vai embora.

CENA 09 - CASA DE OLGA E JÚLIO - QUARTO DE MELISSA - INTERIOR - NOITE

Melissa sai do banho enrolada na toalha e vai para o quarto. Sua mãe vai atrás com o pente e o espelho e entrega para Melissa, que começa a se pentear.

Melissa - Tive que me esfregar umas mil vezes pra tirar essa cheiro de bolo que estava em mim.

Olga - Dessa vez você foi longe demais minha filha.

Melissa - A senhora vai me julgar, mãe?

Olga - Claro que não. Mas é porque ela era uma senhora de idade, e se ela quisesse te processar ela podia. Te processar não, processar eu e seu pai.

Melissa - Aquela velha merecia muito mais. E sabe o que eu descobri? Que aquele menino que o meu namorado salvou, é o neto da dona encrenca.

Olga - Mentira.

Melissa - É verdade. E eu já sei como tirar esse intruso que entrou para atrapalhar a minha vida. Ele me paga.

CENA 10 - MANSÃO DO ALFREDO E RITA - QUARTO DE TADEU - INTERIOR - NOITE

Bruna entra no quarto de Tadeu e se depara com o quarto todo decorado de flores pelo quarto.

Tadeu - E aí, gostou?

Bruna - Eu amei. Mas pra quê tudo isso?

Tadeu - Hoje eu não disse que seria uma ocasião especial? Então. É hoje que tudo pode acontecer. Meus pais estão em um jantar e só está o meu irmão Leone, que você já conhece.

Bruna - Então é hoje que você vai me pedi em casamento?

Tadeu - Que tal a gente fazer uma coisa antes de fazer o pedido oficial?

Bruna - Eu tenho medo, eu ainda sou virgem.

Tadeu - Eu também sou meu amor. E eu me guardei só para você.

Começa a tocar a música "Nosso Amor é Assim" de Leandro

Tadeu beija Bruna, aos poucos ele leva ela para cama.

Tadeu - Eu te amo minha linda.

Bruna - Eu também te amo.

Bruna deita na cama, Tadeu vai tirando a saia de Bruna aos poucos e deixa ela só de calcinha. Depois Tadeu tira toda a sua roupa e fica nu.

Tadeu - Está pronta?

Bruna - Para você, sempre.

Escurece tudo e corta.

Amanhece...

CENA 11 - ESCOLA DOM PEDRO II - BANHEIRO FEMININO - INTERIOR - DIA

Priscila - É hoje o início do seu plano?

Melissa - É sim. Mas pra isso eu preciso do Leone.

Leone entra no banheiro.

Leone - Com licença. Seja breve antes que a diretora ou alguém me veja aqui.

Melissa - Então, o meu plano é tentar fazer o Lucas participar dele.

Leone - Como assim?

Priscila - Nem eu entendi.

Melissa - Vocês são burros em. A minha estratégia é fazer o Lucas iludi o coitado da mosca morta.

Leone - Seu plano está muito embolado.

Melissa - O Lucas vai iludi o Joaquim, vai descobri todos os segredos, daí ele vai conquistando aos poucos a amizade do Joaquim.

Priscila - Aí sim.

Melissa - Daí vai chegar uma hora que o Lucas vai querer dormi com o viadinho e então a gente grava tudo. Eu vou ficar com ciúmes? Claro que sim. Mas é por uma boa causa.

Leone - E o que você vai fazer depois?

Melissa - É segredo, não posso contar. Mas a estratégia é fazer a mosca morta ficar com muita raiva do Lucas e sumir de vez daqui e deixar o meu caminho livre.

Leone - Como você é má.

Melissa - Quando eu quero uma coisa, eu sou capaz de tudo.

CENA 12 - BANHEIRO MASCULINO DOM PEDRO II - INTERIOR - DIA

No fundo da cena instrumental vértice

Lucas está lavando seu rosto da pia do banheiro, ele desliga a bica, quando ele levanta a cabeça e olha no espelho, se assusta.

Lucas (assustado) - Ai que susto.

Leone - Se assustando com o seu melhor amigo?

Lucas - Eu não tinha te visto entrar. Se você está aqui é porque você quer me falar alguma coisa.

Leone - Vou logo direto ao assunto. O negócio é o seguinte, eu e a galera estamos querendo fazer uma brincadeirinha com o nosso novo colega de classe.

Lucas - Joaquim?

Leone - Isso. E para isso acontecer a gente precisa de você na parada.

Lucas - Se for pra sacanear eu estou fora.

Leone - É só uma brincadeira de leve rapaz. Você é ou não é do nosso grupo? A Melissa disse que se você não aceitar a participar que ela fala com o pai dela e corta a pareceria da prefeitura com a fábrica da sua família.

Lucas - Não. Isso nunca.

Leone - Então o que me diz?

Lucas fica pensativo.

Lucas - Eu aceito. Mas eu espero que essa brincadeira não machuque e ofenda a ninguém. O que eu preciso fazer?

Leone sorri e corta.

CENA 13 - PÁTIO DA ESCOLA DOM PEDRO II - EXTERIOR - DIA

Joaquim está na mesa conversando com Bruna, quando Lucas se aproxima com uma caixa de chocolate na mão.

Lucas - Oi gente. Será que eu poderia falar com você a sós, Joaquim?

Bruna - Vai lá.

Joaquim - Já volto.

Joaquim se levanta da cadeira e acompanha Lucas para trás da quadra de aula. Chegando lá os dois ficam de frente para o outro.

Lucas - Eu queria te entregar isso.

Lucas entrega a caixa de chocolate para Joaquim.

Joaquim - Pra quê você me deu isso?

Lucas - É porque desde o momento que conversamos ontem na sala de aula, eu não consigo parar de pensar em você.

Joaquim - Lucas.

Lucas - Deixa eu falar antes que perco a coragem. Antes de tudo quero te falar que te acho muito lindo e quem sabe não pudemos ser um bons amigos, até algo a mais.

Começa a tocar a música "Memórias" da banda Malta

Joaquim - Por que me fala isso? Você namora com a filha do prefeito.

Lucas - Eu vou terminar com ela. E quero ser o seu melhor amigo ou quem sabe namorado. É só você querer.

Close no rosto de Joaquim e Lucas e congela.

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